3 estratégias para engajar funcionários na era digital segundo um ex-CEO do Google

  • O Fórum Econômico Mundial anunciou que, até 2022, 75 milhões de empregos serão extintos, e 133 milhões serão criados como resultado de novas tecnologias;Com isso, é crucial que as empresas preparem seus funcionários, estimulando a vontade de aprender e diminuindo o medo do futuro;

    Entender a responsabilidade dos líderes em promover uma mudança cultural direcionada à aprendizagem digital e um engajamento por meio do microlearning são estratégias sugeridas;

    Stephan Bruno, diretor de recursos humanos do Principado de Mônaco, anunciou uma parceria do governo com a CoorpAcademy, confundada por Jean-Marc Tassetto, ex-CEO do Google França, para treinar 3.600 funcionários do setor público.

    A crescente deficiência de habilidades e o choque cultural entre gerações são algumas das principais preocupações no ambiente profissional atualmente. A nova geração que ingressa no mercado, conhecida como nativos digitais, atualmente representa 35% da força de trabalho. À medida que eles lideram a adoção de novas tecnologias, aqueles já estabelecidos há um tempo lutam para acompanhar, criando assim uma divisão entre gerações.

    O Fórum Econômico Mundial anunciou recentemente que, até 2022, 75 milhões de empregos serão extintos e 133 milhões serão criados como resultado de novas tecnologias. Consequentemente, é provável que as empresas enfrentem resistência para manter funcionários antigos com um conjunto limitado de habilidades. Ou seja, é crucial preparar esses profissionais para a mudança, de modo a estimular novamente a vontade de aprender e diminuir o medo do futuro.

    Stephan Bruno, diretor de recursos humanos do Principado de Mônaco, está determinado a estar na vanguarda da revolução digital. Em uma conferência, em Londres, ele anunciou uma parceria do governo com a CoorpAcademy, confundada por Jean-Marc Tassetto, ex-CEO do Google França, para treinar 3.600 funcionários do setor público de Mônaco. Conhecida como a “Netflix de conhecimento e treinamento”, a CoorpAcademy é uma plataforma inovadora de e-learning digital que usa gamificação para tornar o aprendizado interativo e atraente.

    Veja a seguir três maneiras como as empresas podem melhorar o aprendizado corporativo a fim de aumentar a produtividade e o engajamento.

    – Promover o engajamento por meio da micro-aprendizagem
    Um estudo da Microsoft revela que a atenção individual dura, em média, oito segundos. Se as empresas e as plataformas de e-learning desejam manter os usuários envolvidos e no caminho certo para concluir o curso, elas precisam se concentrar mais nos minimódulos, curtos o suficiente para reter a sua atenção. Tassetto afirma que os módulos de microlearning mais bem-sucedidos geralmente variam de 5 a 12 minutos, pois qualquer período mais longo arrisca perder a atenção dos usuários. Este método de aprendizado é uma mistura saudável de atividades como fazer perguntas, jogar e manter os jogadores envolvidos até o final com vídeos curtos.

    Com clientes como L´Oreal, IBM, Nestlè e BNP Paribas, a startup da EdTech obteve grande sucesso em sua abordagem de aprendizado única e inovadora. Ao colocar os alunos em primeiro lugar, os funcionários têm o poder de desenvolver suas habilidades de modo a visar quem eles querem ser e não quem são agora. Bruno ficou surpreso ao ver funcionários de todos os níveis do setor governamental, de jardineiros a bombeiros, interagindo positivamente com a plataforma.

    – Criar uma abordagem mais centrada no aluno
    O cofundador da CoorpAcademy e ex-CEO do Google França, Jean-Marc Tassetto, pretende quebrar paradigmas das experiências tradicionais de e-learning de forma criativa. Em vez de imitar a Coursera e a Udemy buscando professores das melhores universidades, Tassetto achar ser mais eficaz fazer parceria com os principais líderes do setor em todo o mundo, que são encarregados de desenvolver e ministrar cursos específicos relevantes. Por exemplo, “Entenda a Tecnologia do Blockchain” é um curso criado pela IBM e ministrado por seus funcionários atuais.

    Alguns programas recebem certificações de destaque com base nas aulas concluídas, desde que mantenham uma taxa de aprovação de 90 a 95%. De acordo com o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ), a plataforma de aprendizado social oferece aos estudantes a possibilidade de aproveitar ao máximo sua experiência de aprendizado.

    – Reduzir o medo do futuro
    Os líderes devem ser proativos na mudança cultural em direção à aprendizagem digital para envolver os funcionários e criar uma cultura centrada no aluno. Bruno enfatiza o medo que as gerações mais velhas enfrentam à medida que a tecnologia assume o controle e as novas gerações redefinem o ambiente de trabalho.

    Tanto o diretor de recursos humanos do Principado de Mônaco quanto Tassetto entendem a responsabilidade e colocam os funcionários no comando de seu aprendizado. Com a orientação do gerente, os nativos não digitais podem aumentar sua maturidade neste campo em um ritmo que lhes seja mais confortável. Aqueles já muito familiarizados com a tecnologia também têm a oportunidade de aproveitar o conteúdo adicional para desenvolver ainda mais seu conjunto de habilidades. Alguns cursos disponíveis para eles são de liderança feminina, gerenciamento de estresse e design thinking, para citar alguns.

Fonte: https://forbes.com.br