Em busca de uma liderança autêntica – De quem será?

MAESTRIA EM PESSOA – Vivendo Liderança

Um gerente reclama de seu colaborador que foi designado por ele para realizar uma tarefa muito importante, mas que não foi feliz ao realizá-la, deixando inúmeros pontos controversos sendo que não havia sido bem treinado, não tinha todas as informações necessárias para isso, nem tampouco as competências necessárias para desenvolver as tarefas. De quem é a culpa?

Um coordenador comenta que seus liderados não aprendem as tarefas mais simples de processos internos, rotineiros inclusive, e que não sabe mais o que fazer. De quem é a culpa?
Da mesma forma, observo pessoas sendo encarregadas por missões, cuja capacitação deixa a desejar e os resultados não acontecem. De quem é a culpa?

Vendedores que não vendem, atendentes que não atendem, guardas de segurança que proporcionam a insegurança. De quem é a culpa?

Professores que reclamam de seus alunos que não prestam atenção em suas aulas e que dão maior importância aos celulares, notebooks e mesmo aos bares das esquinas das faculdades. De quem é a culpa?

Gestores reclamando da absoluta falta de tempo e que não conseguem fazer o que precisa ser feito. De quem é a culpa?

Decisões gerenciais mal tomadas por conta de falhas de informações, relatórios duvidosos e contraditórios. De quem é a culpa?

A má organização generalizada ocasionando perda de tempo, interferindo diretamente no desempenho organizacional. De quem é a culpa?

Inúmeras atividades sendo desenvolvidas de forma correta, entretanto totalmente ineficazes para os resultados da empresa. De quem é a culpa?

Uma crise recorrente, que insiste em acompanhar a vida organizacional sem que alguém tome as devidas providências. De quem é a culpa?

Desperdiçadores de tempo conhecidos, atuantes na empresa, com prazo longo de validade que destrói a eficácia pessoal e profissional. De quem é a culpa?

Pessoas ineficazes que insistem em continuar na empresa. De quem é a culpa?

Um clima deteriorado por pessoas que insistem em criar situações onde prevaleça o ódio, a inveja e a falta de cooperação. De quem é a culpa?

Falta de disciplina, de seguir os normativos institucionalizados e de observância da cultura consuetudinária. De quem é a culpa?

Não precisamos ir muito longe para encontrar os verdadeiros culpados. Os culpados são as pessoas que exercem ou deveriam exercer o seu verdadeiro papel de líder. Imagine se o professor fosse um verdadeiro líder em sala de aula e verdadeiramente educasse? Imagine se cada gestor nas organizações desempenhasse com competência o seu papel?

Não dá para terceirizar a culpa, pois ela sempre será daquele que tem autoridade, mas não exerce, que tem conhecimento dos problemas, mas que não toma as providências, que não percebe, mas que deveria perceber. A vítima? Ah! A vítima sempre será a empresa.

É preciso criar a cultura do Fazer Acontecer. Uma empresa precisa ser humanizada e competitiva. Não é mais possível insistir com pessoas que não buscam o seu desenvolvimento, que não querem literalmente o bem da empresa. O que não vemos e se vemos não tomamos enquanto líder uma decisão eficaz, faz com que a empresa adoeça. Não temos esse direito de fazer isso com nenhuma organização, principalmente com aquela que nos acolhe e nos concede uma procuração para desempenhar um papel tão importante que é o de liderar e fazer aquilo que um presidente faria se não tivesse outorgado a procuração.

Escrito por:
Paulo Schubert
Master Coach – Especialista em Liderança